
Inicialmente devemos saber que radiação é toda forma de condução/propagação de energia por meio de partículas e/ou ondas. Todo corpo emite radiação inerente à sua temperatura e somos todos os dias bombardeados por vários tipos de radiação.
Entretanto temos que avaliar as radiações pelo seu efeito aos organismos vivos.
O que na verdade acontece quando um organismo vivo recebe uma determinada “dose” de radiação é que os átomos presentes nas células que compõem o organismo sofrem ionização, sendo assim os efeitos maléficos da radiação se dão por conta da interação ionizante entre a radiação e os átomos do organismo vivo.
Após a ionização, ligações químicas entre os átomos são rompidas e há uma grande formação de radicais livres num curto intervalo de tempo.
Esse defeito estrutural nas células provoca uma diminuição da atividade metabólica e/ou falha. Sendo assim esses efeitos podem, e usualmente são, passados às células filhas geneticamente, isso causa uma progressão de falhas no organismo o que pode comprometer suas funções vitais e levar o organismo à morte.
Como se proteger da radiação?
A única forma de se proteger verdadeiramente é não se expondo à radiação, os efeitos podem ser diminuídos se houver uma blindagem radioativa, ainda assim recomenda-se o mínimo possível de exposição.
Radiação é coisa séria, lembro-me de uma aula de física moderna em que uma cápsula com espessura de uns 5 cm feita de chumbo continha uma “pedrinha” de um material radioativo que o professor se negou a falar qual era, tomamos cuidado para abrir uma gretinha e posicionar o contador Geigel, este registrou mais de 500 partículas em um minuto, imediatamente o professor disse o seguinte:
“Basta que uma dessas partículas alie-se ao azar para traçar o futuro de toda humanidade”.
Não precisa ser físico para compreender o que foi dito. ( Físico Maluco )
Claro que a historia não começou por aqui, na verdade o maior acidente nuclear da historia foi o de Chernobyl: Continue lendo e conheça a Historia.

Chernobyl
No ano de 1986, os operadores da usina nuclear de  Chernobyl, na Ucrânia, realizaram um experimento com o reator 4. A  intenção inicial era observar o comportamento do reator nuclear quando  utilizado com baixos níveis de energia. Contudo, para que o teste fosse  possível, os responsáveis pela unidade teriam que quebrar o cumprimento  de uma série de regras de segurança indispensáveis. Foi nesse momento  que uma enorme tragédia nuclear se desenhou no Leste Europeu.
Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator. Com isso, mesmo operando com uma capacidade inferior, o reator entrou em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes a formação de uma imensa bola de fogo anunciava a explosão do reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo.
Com o ocorrido, a usina de Chernobyl liberou uma quantidade letal de material radioativo que contaminou uma quilométrica região atmosférica. Em termos comparativos, o material radioativo disseminado naquela ocasião era assustadoramente quatrocentas vezes maior que o das bombas utilizadas no bombardeio às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial. Por fim, uma nuvem de material radioativo tomava conta da cidade ucraniana de Pripyat.
Ao terem ciência do acontecido, autoridades soviéticas organizaram uma mega operação de limpeza composta por 600 mil trabalhadores. Nesse mesmo tempo, helicópteros eram enviados para o foco central das explosões com cargas de areia e chumbo que deveriam conter o furor das chamas. Além disso, foi necessário que aproximadamente 45.000 pessoas fossem prontamente retiradas do território diretamente afetado.
Para alguns especialistas, a dimensões catastróficas do acidente nuclear de Chernobyl poderiam ser menores caso esse modelo de usina contasse com cúpulas de aço e cimento que protegessem o lugar. Não por acaso, logo após as primeiras ações de reparo, foi construído um “sarcófago” que isolou as ruínas do reator 4. Enquanto isso, uma assustadora quantidade de óbitos e anomalias indicava os efeitos da tragédia nuclear.
Buscando sanar definitivamente o problema da contaminação, uma equipe de projetistas hoje trabalha na construção do Novo Confinamento de Segurança. O projeto consiste no desenvolvimento de uma gigantesca estrutura móvel que isolará definitivamente a usina nuclear de Chernobyl. Dessa forma, a área do solo contaminado será parcialmente isolada e a estrutura do sarcófago descartada.
Apesar de todos estes esforços, estudos científicos revelam que a população atingida pelos altos níveis de radiação sofre uma série de enfermidades. Além disso, os descendentes dos atingidos apresentam uma grande incidência de problemas congênitos e anomalias genéticas. Por meio dessas informações, vários ambientalistas se colocam radicalmente contra a construção de outras usinas nucleares.
Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator. Com isso, mesmo operando com uma capacidade inferior, o reator entrou em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes a formação de uma imensa bola de fogo anunciava a explosão do reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo.
Com o ocorrido, a usina de Chernobyl liberou uma quantidade letal de material radioativo que contaminou uma quilométrica região atmosférica. Em termos comparativos, o material radioativo disseminado naquela ocasião era assustadoramente quatrocentas vezes maior que o das bombas utilizadas no bombardeio às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial. Por fim, uma nuvem de material radioativo tomava conta da cidade ucraniana de Pripyat.
Ao terem ciência do acontecido, autoridades soviéticas organizaram uma mega operação de limpeza composta por 600 mil trabalhadores. Nesse mesmo tempo, helicópteros eram enviados para o foco central das explosões com cargas de areia e chumbo que deveriam conter o furor das chamas. Além disso, foi necessário que aproximadamente 45.000 pessoas fossem prontamente retiradas do território diretamente afetado.
Para alguns especialistas, a dimensões catastróficas do acidente nuclear de Chernobyl poderiam ser menores caso esse modelo de usina contasse com cúpulas de aço e cimento que protegessem o lugar. Não por acaso, logo após as primeiras ações de reparo, foi construído um “sarcófago” que isolou as ruínas do reator 4. Enquanto isso, uma assustadora quantidade de óbitos e anomalias indicava os efeitos da tragédia nuclear.
Buscando sanar definitivamente o problema da contaminação, uma equipe de projetistas hoje trabalha na construção do Novo Confinamento de Segurança. O projeto consiste no desenvolvimento de uma gigantesca estrutura móvel que isolará definitivamente a usina nuclear de Chernobyl. Dessa forma, a área do solo contaminado será parcialmente isolada e a estrutura do sarcófago descartada.
Apesar de todos estes esforços, estudos científicos revelam que a população atingida pelos altos níveis de radiação sofre uma série de enfermidades. Além disso, os descendentes dos atingidos apresentam uma grande incidência de problemas congênitos e anomalias genéticas. Por meio dessas informações, vários ambientalistas se colocam radicalmente contra a construção de outras usinas nucleares.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
( FONTE )
Tem também um acidente que ocorreu em Goiânia, Goiás, também conhecido com Césio-137.
Césio-137
 
 Um dos maiores acidentes com o isótopo Césio-137 teve  início no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. O desastre fez  centenas de vítimas, todas contaminadas através de radiações emitidas  por uma única cápsula que continha césio-137.
O instinto curioso de dois catadores de lixo e a falta de informação  foram fatores que deram espaço ao ocorrido. Ao vasculharem as antigas  instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (também conhecido como  Santa Casa de Misericórdia), no centro de Goiânia, tais homens se  depararam com um aparelho de radioterapia abandonado. Então tiveram a  infeliz ideia de remover a máquina com a ajuda de um carrinho de mão e  levaram o equipamento até a casa de um deles.
catadores era o lucro que seria obtido com a  venda das partes de metal e chumbo do aparelho para ferros-velhos da  cidade. Leigos no assunto, não tinham a menor noção do que era aquela  máquina e o que continha realmente em seu interior. Após retirarem as  peças de seus interesses, o que levou cerca de cinco dias, venderam o  que restou ao proprietário de um ferro-velho.
O dono do estabelecimento era Devair Alves Ferreira que, ao desmontar  a máquina, expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl), um  pó branco parecido com o sal de cozinha que, no escuro, brilha com uma  coloração azul.
Ele se encantou com o brilho azul emitido pela substância e resolveu  exibir o achado a seus familiares, amigos e parte da vizinhança. Todos  acreditavam estar diante de algo sobrenatural e alguns até levaram  amostras para casa. A exibição do pó fluorescente decorreu 4 dias, e a  área de risco aumentou, pois parte do equipamento de radioterapia também  fora para outro ferro-velho, espalhando ainda mais o material  radioativo.
Algumas horas após o contato com a substância, vítimas apareceram com  os primeiros sintomas da contaminação (vômitos, náuseas, diarreia e  tonturas). Um grande número de pessoas procurou hospitais e farmácias  clamando dos mesmos sintomas. Como ninguém fazia ideia do que estava  ocorrendo, tais enfermos foram medicados como portadores de uma doença  contagiosa. Dias se passaram até que foi descoberta a possibilidade de  se tratar de sintomas de uma Síndrome Aguda de Radiação.
Somente no dia 29 de setembro de 1987, após a esposa do dono do  ferro-velho ter levado parte da máquina de radioterapia até a sede da  Vigilância Sanitária, é que foi possível identificar os sintomas como  sendo de contaminação radioativa.
Os médicos que receberam o equipamento solicitaram a presença de um  físico nuclear para avaliar o acidente. Foi então que o físico Valter  Mendes, de Goiânia, constatou que havia índices de radiação na Rua 57,  do Setor Aeroporto, bem como nas suas imediações. Diante de tais  evidências e do perigo que elas representavam, ele acionou imediatamente  a Comissão Nacional Nuclear (CNEN).
O ocorrido foi informado ao chefe do Departamento de Instalações  Nucleares, José Júlio Rosenthal, que se dirigiu no mesmo dia para  Goiânia. No dia seguinte a equipe foi reforçada pela presença do médico  Alexandre Rodrigues de Oliveira, da Nuclebrás (atualmente, Indústrias  Nucleares do Brasil) e do médico Carlos Brandão da CNEN. Foi quando a  secretaria de saúde do estado começou a realizar a triagem dos suspeitos  de contaminação em um estádio de futebol da capital.
A primeira medida tomada foi separar todas as roupas das pessoas  expostas ao material radioativo e lavá-las com água e sabão para a  descontaminação externa. Após esse procedimento, as pessoas tomaram um  quelante denominado de “azul da Prússia”. Tal substância elimina os  efeitos da radiação, fazendo com que as partículas de césio saiam do  organismo através da urina e das fezes.
As remediações não foram suficientes para evitar que alguns pacientes  viessem a óbito. Entre as vítimas fatais estava a menina Leide das  Neves, seu pai Ivo, Devair e sua esposa Maria Gabriela, e dois  funcionários do ferro-velho. Posteriormente, mais pessoas morreram  vítimas da contaminação com o material radioativo, entre eles  funcionários que realizaram a limpeza do local.
O trabalho de descontaminação dos locais atingidos não foi fácil. A  retirada de todo o material contaminado com o césio-137 rendeu cerca de  6000 toneladas de lixo (roupas, utensílios, materiais de construção  etc.). Tal lixo radioativo encontra-se confinado em 1.200 caixas, 2.900  tambores e 14 contêineres (revestidos com concreto e aço) em um depósito  construído na cidade de Abadia de Goiás, onde deve ficar por  aproximadamente 180 anos.
No ano de 1996, a Justiça julgou e condenou por homicídio culposo  (quando não há intenção de matar) três sócios e funcionários do antigo  Instituto Goiano de Radioterapia (Santa Casa de Misericórdia) a três  anos e dois meses de prisão, pena que foi substituída por prestação de  serviços.
Atualmente, as vítimas reclamam da omissão do governo para a  assistência da qual necessitam, tanto médica como de medicamentos.  Fundaram a Associação de Vítimas contaminadas do Césio-137 e lutam  contra o preconceito ainda existente.
O acidente com Césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares.
E agora tem Fukushima, minha humilde consciência diz que nossa inteligencia não esta a altura da energia nuclear, é uma tecnologia muito séria, desconhecida e extremamente instável. 

 




 
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